Sei lá...

Bom...por onde começar? Preciso aumentar minha auto estima. Acredito que isso vai me ajudar a ver a vida de uma outra forma. Pensar mais positivo. Às vezes acho que poderia ter feito alguma coisa para ainda ter minha filha comigo mas hoje li algo que me fez pensar. Tava escrito assim: "você fez o que sabia ser o certo naquele momento e se fosse para ser diferente teria sido". Era um texto que falava sobre traumas de infância mas serviu para mim. Sabe? Saudade dói tanto que não há explicação.

Fiquei muito magoada com um cunhado meu que disse que deveríamos colocar um sobrinho para dormir no quarto "vazio" que temos em casa. Isso me machucou tanto! Poxa, ele tem uma filha quase da idade da minha Carol e imagina o quanto sofreria se não a tivesse. Ele, mais do que ninguém nesta casa, tinha que respeitar minha dor. Mas pelo contrário. Ele é o que mais me magoa com sua falta de sensibilidade e carinho por nós. Oro para que ele mude.

Hoje a Mônica, presidente da Primária da Estaca, de quem sou secretária esteve aqui em casa e conversamos por horas. Foi uma conversa bonita e agradável. Compartilhamos experiências em que sentimos os sussurros do Espírito e o seguimos. Ela disse algo que me fez pensar. Todos passamos por batalhas internas. Precisamos enfrentá-las.

Se quer saber estou sofrendo um tantão assim. Queria poder abraçar e beijar a Carol toda noite, como eu fazia. Queria poder dar banho nela e responder a todas as perguntas que ela ia me fazer conforme fosse crescendo. Queria contar histórias para ela dormir e poder ler o Livro de Mórmon para ela todas as manhãs. Queria dizer todo dia "bom dia, te amo também" como eu fazia. Queria ensiná-la a ser obediente e comportada, educada, gentil. Sei que não seria difícil porque ela aprendia muito rápido as coisas e eu também estava disposta a ensinar. Quando ela dormia à tarde ficava ansiosa para ela acordar e podermos brincar mais. Quando ela acordava eu ficava toda feliz e dizia "que saudade, você dormiu bastante minha princesa". Eu precisava mais dela do que ela de mim. Adorava quando ela comia vários pedaços do meu bolo ou torta e dizia "hum, papá". Esses dias ouvi uma mãe reclamar que não aguenta mais sua filha de 1ano e 8meses perguntando "mãe, o que é isto?". Tola. Não imagina o que eu faria para ouvir mil vezes esta pergunta por dia e para poder responder todas elas com amor, como eu fazia. Se quer saber, esse é um pouquinho do preço desses longos 7 meses que estou sem a Carol...

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